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O Concurso Que Brincava com Coisas Sérias

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Maria João Seixas

Começou por distribuir pontos e simpatia num concurso que fez história na RTP, "A Visita da Cornélia". O concurso, um fenómeno de popularidade num tempo em que ainda não se falava em "shares", em que os concorrentes ganhavam pouco, mas esbanjavam criatividade, tinha um júri de cinco elementos. Entre eles estava Maria João Seixas. Os espectadores familiarizam-se com aquela senhora jovem, de cabelo curto e aparência frágil, que, nas votações, não perdia uma oportunidade de confessar a sua saudade de África. Afinal, Maria João Seixas nasceu em Moçambique, de onde saiu para estudar Filosofia, em Lisboa. Mas a costela de comunicadora foi mais forte que a da filósofa. Ligada aos audiovisuais, dirigiu o Departamento de Produção de Filmes para Emigrantes da Secretaria de Estado da Emigração. Voltou ao pequeno ecrã em 1994 e 1995, como apresentadora das séries "Quem fala assim..." e "Sempre aos domingos". Entre 1974 e 1976, Maria João Seixas foi secretári

Crónica de Daniel Luís

Ontem, primeiro dia do mês de Junho, comemoraram-se não um, mas sim dois dias mundiais de grande relevância: o Dia Mundial da Criança e o Dia Mundial do Leite. Não é a toa que estes dias se comemoram na mesma data. Está mais que provada a importância do leite, quer na concepção de uma criança, quer na sua alimentação. E não estejam já para aí a chamar-me nomes escabrosos, porque um casal de adultos que queira praticar o coito para gerar uma nova vida, tem de beber leite para fortalecer e enrijecer os ossos. Para assinalar esta láctea e pueril data, o espaço “Dissidências” do Correio do Minho tem a honra de publicar, num exclusivo mundial (e quiçá, galáctico) a entrevista conjunta realizada a Peter Pan e à vaca Cornélia: Daniel Luís: Quero agradecer a vossa presença nesta data tão importante para a humanidade, pois como dizia Eugénio de Andrade, “Se há na Terra um reino que nos seja familiar e ao mesmo tempo estranho, fechado nos seus limites e simultaneamente sem fronteiras, esse r

Fernando Neto

Tive o privilégio de ser pegado ao colo por ele no Parque Mayer onde eu morava e ele representava. Ele chamava-me o “Neto dos Matrecos” devido ao meu estatuto de campeão infantil do Parque Mayer. Encontrei-o mais tarde em 1977 na “ Visita da Cornélia” como concorrente eliminado na pré selecção mas que mesmo assim “obrigou” o José Fanha a ler em sessão de concurso um soneto meu intitulado “A Preguiça”. Um dos momentos mais marcantes da minha juventude. A última vez que estive com ele foi também num concurso mas aí como concorrente seleccionado no “Vamos Caçar Mentiras” um concurso no âmbito da 17ª Exposição de Arte Ciência e Cultura. Ficam na minha mente o sorriso de menino aliado aos olhos de malandro. Enquanto ele não vem façam o favor de divulgarem a vida saboroso que ele viveu e os ensinamentos que nos deixou. Morreu Raul Solnado? Não, apenas se ausentou por uma temporada. Fernando Neto, Canas Em Peso, 10/08/2009

Assis Pacheco em tempo de tributo

Fernando Assis Pacheco publicou o seu primeiro livro de poesia, "Cuidar dos vivos", em 1963. Escreveu ainda "A musa irregular", "Trabalhos e paixões de Benito Prada" (romance), "A bela do bairro e outros poemas" e "Memórias de um craque", entre outros títulos. Como jornalista trabalhou no "Diário de Lisboa", no "República" e em "O Jornal". Foi chefe de redacção do "JL" e director-adjunto do "Se7e". Ficou conhecido no país inteiro no final dos anos 70, quando participou no programa televisivo "A visita da Cornélia". JN, 28/01/2007

José Fanha

Foi na "Visita da Cornélia", Agosto de 77, que José Fanha declamou pela primeira vez este poema "que tem sido uma ponte calorosa com tanta, tanta gente". EU SOU PORTUGUÊS AQUI Eu sou português aqui em terra e fome talhado feito de barro e carvão rasgado pelo vento norte amante certo da morte no silêncio da agressão. Eu sou português aqui mas nascido deste lado do lado de cá da vida do lado do sofrimento da miséria repetida do pé descalço do vento. Nasci deste lado da cidade nesta margem no meio da tempestade durante o reino do medo. Sempre a apostar na viagem quando os frutos amargavam e o luar sabia a azedo. Eu sou português aqui no teatro mentiroso mas afinal verdadeiro na finta fácil no gozo no sorriso doloroso no gingar de um marinheiro. Nasci deste lado da ternura do coração esfarrapado eu sou filho da aventura da anedota do acaso campeão do improviso trago as mãos sujas do sangue que empapa a terra que piso.

Victor Espadinha

2/15 O palhaço que Victor Espadinha levou ao programa "A Visita da Cornélia"

Vaca Margarida

“Zip-Zip” terminou no fim de 1969, mais precisamente em 29 de Dezembro. Raul Solnado fazia então dois espectáculos por dia. Ao sábado era a lufa-lufa das gravações do “Zip-Zip” no Teatro Villaret, realizadas sem ensaio prévio. Na TV participava nas entrevistas e fazia, também, rábulas, que eram muito apreciadas pelo público. A seguir, rumava ao teatro. Mas “Zip-Zip” tinha que ter um fim. “Queríamos que o programa não cansasse”, revela hoje Solnado. Os protagonistas concluíram que estava na altura certa de dar por finda uma experiência que se encontrava em plena fase de êxito.  Solnado “inventou” o concurso “A Visita da Cornélia”, juntamente com Fialho Gouveia, durante um jantar. A vaquinha Cornélia, que ajudava Raul Solnado a manter a animação no concurso “A Visita da Cornélia”, exibido pela RTP em 1977, estava inicialmente para se chamar Margarida. Mas como em Portugal há muitas Margaridas, teve que ser escolhido outro nome, para não ferir susceptibilidades. Solnado conta-nos es