Tive o privilégio de ser pegado ao colo por ele no Parque Mayer onde eu morava e ele representava. Ele chamava-me o “Neto dos Matrecos” devido ao meu estatuto de campeão infantil do Parque Mayer. Encontrei-o mais tarde em 1977 na “ Visita da Cornélia” como concorrente eliminado na pré selecção mas que mesmo assim “obrigou” o José Fanha a ler em sessão de concurso um soneto meu intitulado “A Preguiça”. Um dos momentos mais marcantes da minha juventude. A última vez que estive com ele foi também num concurso mas aí como concorrente seleccionado no “Vamos Caçar Mentiras” um concurso no âmbito da 17ª Exposição de Arte Ciência e Cultura. Ficam na minha mente o sorriso de menino aliado aos olhos de malandro. Enquanto ele não vem façam o favor de divulgarem a vida saboroso que ele viveu e os ensinamentos que nos deixou. Morreu Raul Solnado? Não, apenas se ausentou por uma temporada. Fernando Neto, Canas Em Peso, 10/08/2009